Ao concluir a leitura do novo livro de Marília Lovatel, lembrei-me muito de um trecho de Rua de Mão Única, do filósofo Walter Benjamin. Ele fala o seguinte: “O trabalho em uma boa prosa tem três degraus: Um musical, em que ela é composta; um arquitetônico, em que ela é construída, e, enfim, um têxtil, em que ela é tecida”. Para mim, o trabalho da prosa da Marília tem esses degraus. Aliás, degraus que não serão três, porque eles se multiplicam à medida que o leitor os alcança. Mas podemos dizer que há uma musicalidade rítmica na prosa da escritora que é também poeta. Ela tem uma rara intimidade com a delicadeza dos sons das palavras e, por isso, extrai deles a sua melhor e mais agradável pulsação e harmonia. Assim, Marília compôs as partituras dos textos publicados em Invento de borboletas. Que ninguém se engane com essa leveza poética. A arquitetura do texto literário da autora é sólida. É fincada na terra. É regada com água e iluminada pelo Sol. Por fim, a escritora tece sua prosa, desenhando com gosto os temas sobre o tecido da imaginação, surpreendendo o leitor. Seja em prosa ou verso, os degraus da escritura de Marília Lovatel nos encaminham ao real prazer que as palavras nos proporcionam.
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[ Serviço ]
Invento de borboletas
Autora: Marília Lovatel
Número de páginas: 114
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SKU: 037
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